Amanda

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Silêncio

Acordar e não ouvir nada,
Dez passos,
Vinte passos,
O som da janela se abrindo.

Ouvir a água fervendo,
olhar para a parede,
puxar o ar, soltar o ar.
Um suspiro profundo.

Aí, uma porta bate,
Um cachorro late,
E o relógio grita sem dizer nada.
Correr, preciso correr.

Abro um livro,
Sons aparecem,
Lá fora não há ninguém,
Aqui dentro escuto músicas, converso...

Minha história se repete,
Os passos, a janela, o relógio.
Minha história nunca é igual,
Romances, aventuras, fantasia.

Tristeza?
Não, há tanta beleza
Em não ouvir nada,
e finalmente ouvir o mundo.

2 comentários:

  1. Oi, Amanda
    Adorei as suas poesias. Elas são leves, soltas e se movimentam...
    Beijos
    Ângela

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  2. Amanda, que bom ouvir o mundo!
    Será um ensaio para a eternidade?
    Bjs
    Edimara

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