Amanda

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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Nova desaventura de Cáton

Cáton, o estilista,
estava esnobando uma onda de artista,
foi convidado para dar entrevista
em uma revista.
Xiiiiiiiii...

A revista era francesa,
com fotos que eram uma beleza,
e palavrinhas misteriosas...
Cáton caiu em uma armadilha
de celebridade.

Até então botava banca de unanimidade,
no mundo das pequenas poeiras
não havia comparação,
mas o minúsculo quis enfrentar
uma grande provação.

Falar com gente,
disputar audiência,
manter a imagem em alta,
fotos, vídeos, face,
nunca mais aquela vidinha dentro do armário.

Cáton contratou uma professora,
uma francesa, com certeza.
Jovem e simpática, um pouco míope.
A professora chegou no ateilê e procurou,
procurou e procurou,
mas nada encontrou.

Um aluno minusculamente insignificante,
Cáton entrou em crise,
de que valia tanta esperteza,
com aquela pequeneza?
Adeus revista,
adeus glamour.

Cáton se trancou em seu armário,
bajulado por outras poeiras
menos desenvolvidas,
sentindo-se a poeira do casaco do bandido.
Um nada, um Cáton qualquer.

Você gostou de Cáton? Já viu a sua primeira aparição pública? Entre na postagem "história guardada no armário" e conheça a trajetória dessa pequena poeira estilista.

beijos

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Mar de histórias

Olá Pessoal,

No semestre passado desenvolvi um projeto na escola em que dou aulas, a Escola do Sítio, que foi muito legal.
Em parceria com a disciplina de Português lemos com a turma do 6º ano o livro Haroun e o mar de Histórias (de Salman Rushdie, ed. Cia. das Letras), essa leitura gerou uma série de desdobramentos muito interessantes, inclusive um encontro com a turma do 2º ano.
Um trabalho em que aliamos leitura e escrita, narrativa oral, artes visuais e, principalmente, troca de experiências.

No site da escola (www.escoladositio.com.br) na coluna de novidades do cotidiano é possível ler uma pequena descrição do trabalho e ver algumas fotos (um mar de cores).
O link direto é esse aqui:
http://www.escoladositio.com.br/site/?p=2465

Abraços carinhosos,
Amanda

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Através da janela...

Uma janela
Aberta, esperta,
Contida e, como dizer?
Atrevida...
Dois lados,
Encontros e desencontros.

Vejo através dessa janela
Uma pequena porção
de tudo quanto é coisa,
Como é possível?
tão transparente
E tão potente?

Separando-me de tudo,
Integro-me.
Faço parte de outras janelas,
Quantas histórias
emolduradas,
Guardadas...

Uma janela sorridente,
aberta, contente.
Janela que se abre para o sol,
canta ao som do vento,
e chora com a chuva.
Minha cortina protege da poeira.

A noite minha janela descansa,
fechada, vira tela de projeção,
lembranças, histórias, sonhos.
E todos os dias é ela quem me diz
É hora de abrir.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Historias em Movimento em congresso

Olá Amigos,

Já faz algum tempo que não escrevo aqui no blog, nesse tempo muitas coisas aconteceram. Apresentações em livrarias, desenvolvimento de novos projetos, muitas realizações...
Em julho (dia 19) participei com mais dois amigos (Ludmila Alexandra dos Santos Sarraipa e Thiago Vieira Magalhães) do COLE (Congresso de leitura do Brasil) que é organizado pela ALB (Associação de Leitura do Brasil) e aconteceu na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Apresentamos um trabalho, que não por acaso, recebeu o título de Histórias em Movimento. Um relato sobre o projeto de desenvolvimento de um museu virtual de história oral criado na Escola do Sítio por alunos e professores. 
O trabalho foi muito bem aceito no Congresso, e o texto (artigo) será publicado na Revista on line chamada Linha Mestra (publicação da ALB http://alb.com.br/publicacoes/linha-mestra).
Esse projeto é muito interessante pois alia duas áreas que me interessam muito: a tradição oral e o redesenho do conceito de museu que conhecemos.
Assim que o artigo for publicado eu colocarei o link aqui no blog, por enquanto deixo aqui o texto que orientou minha fala na apresentação do nosso projeto.

"O que é um museu?
Se buscarmos no Google imagens para a palavra Museu, encontraremos uma série de construções grandiosas e magníficas, datadas de diversos períodos da nossa história. Prédios que guardam grande parte da produção artística da humanidade. Será que museu é isso? Um prédio bonito que serve de cofre? Um depósito? Um arquivo?
O escritor Bartolomeu Campos de Queirós, em seu depoimento para o Museu da Pessoa dizia que belo é “o que você não dá conta de ver sozinho”. Conseguimos iniciar nossa investigação sobre esse termo Museu a partir dessa afirmação: museu é um espaço de compartilhamento, um espaço de encontro, esse encontro nos faz dar forma, cor, som, enfim, sentido, às belezas da vida. Beleza não é só o que os gregos nos ensinaram (equilíbrio e perfeição), beleza é ver o mundo cada hora de um jeito, cada hora maior, cada hora de um lado dessa roda gigante, beleza é ser arrebatado, abraçado e algumas vezes até assustado.
Cada dia mais estamos percebendo um movimento de museus que privilegiam o encontro, por meio de ações educativas e de atividade em rede, assumindo a tecnologia como uma possibilidade de transformação e aproximação. A arte extrapolou a barreira da matéria, ganhou espaço no campo das idéias, é fácil perceber isso, basta visitar uma exposição de arte contemporânea, muitas vezes não são paredes que sustentam uma obra, não é com tinta que se cria uma imagem. É por isso que esse projeto está dentro desse grande universo que é o museu: imagens, sons, idéias, palavras, trocas, memória, EXPERIÊNCIA..." (Amanda Miorim)


Abraços a todos